Preço do Suíno Vivo Mostra Recuos em Algumas Regiões e Estabilidade em Outras: Atenção Redobrada para Custos de Produção no Campo

Os preços pagos ao produtor de suínos registraram oscilações no início de outubro de 2025, com leves quedas em alguns estados e estabilidade em outros. Os dados mais recentes do Cepea/Esalq indicam que, no dia 7 de outubro, os valores do quilo do suíno vivo ficaram entre R$ 8,23 e R$ 8,81, dependendo da região.

Em São Paulo, por exemplo, o preço foi de R$ 8,81/kg, com leve alta diária de 0,23%, mas ainda acumulando queda no mês. Já Minas Gerais e Santa Catarina permaneceram estáveis no dia, enquanto Paraná registrou redução de 0,35%. No Rio Grande do Sul, houve pequena alta de 0,12%, mas também com retração acumulada no mês.

Esses valores correspondem ao preço pago “à vista” ao produtor, sem incluir frete ou outros custos adicionais.

💰 Negociações regionais e diferenças de preços

Além dos indicadores do Cepea, associações e bolsas regionais confirmaram valores um pouco diferentes, refletindo as condições locais de negociação:

• São Paulo: R$ 9,34/kg

• Santa Catarina: R$ 8,86/kg

• Rio Grande do Sul: R$ 8,65/kg

• Paraná: R$ 8,53/kg

• Minas Gerais: R$ 8,30/kg

• Mato Grosso: R$ 8,00/kg

Essas diferenças ocorrem, em grande parte, por fatores estruturais como logística, distância dos frigoríficos, custo de transporte e escala de produção. Em regiões com produção concentrada e infraestrutura mais próxima, os preços costumam ser mais competitivos.

🥩 Situação dos cortes e carcaça suína

No caso da carcaça suína especial, o preço médio ficou em torno de R$ 12,61/kg no dia 7 de outubro, com leve alta diária, mas queda de 2,7% no acumulado do mês.
Apesar das recentes oscilações, os valores da carne continuam mais altos que no início do ano, o que pode gerar pressão entre produtores, atacadistas e varejo.

Para lembrar: em fevereiro, cortes como pernil chegaram a subir cerca de 15%, e a carcaça especial avançou mais de 16% no atacado.

📉 Custos de produção e mercado mais sensível

Especialistas destacam que o mercado está muito sensível aos custos de produção, principalmente ao preço do milho e da ração, que representam a maior parte dos gastos na suinocultura.

Relatórios recentes apontam que, em algumas praças, houve queda mais acentuada no preço do suíno vivo — como em Minas Gerais e Mato Grosso —, o que acende o alerta para a margem de lucro dos produtores. A combinação de oferta elevada e demanda mais lenta ajuda a explicar essa retração.

📌 O que isso significa para o produtor

• Monitorar custos de alimentação e buscar eficiência na produção será essencial para manter a rentabilidade.

• Negociar de forma estratégica, aproveitando momentos de valorização regional, pode garantir melhores preços.

• Acompanhar tendências de mercado — especialmente nas próximas semanas — ajudará na tomada de decisão sobre venda e planejamento do plantel.

A suinocultura segue com preços relativamente firmes, mas com sinais de ajuste no curto prazo. A atenção aos custos e ao fluxo de mercado pode fazer diferença direta no bolso do produtor.