Clima no Brasil: Frio Chega ao Sul e Sudeste, Enquanto Centro-Oeste e Norte Enfrentam Calor Intenso

Nesta sexta-feira (12), o clima no Brasil apresenta contrastes marcantes entre regiões. O Sul e Sudeste sentem a volta do frio, com possibilidade de geadas isoladas, enquanto o Centro-Oeste e Norte continuam sob calor intenso e baixa umidade, que podem afetar a agricultura e a pecuária.

Sul: frio e risco de geada

Uma massa de ar polar está atuando sobre o Sul do país, trazendo temperaturas mais baixas e sensação de frio, especialmente nas primeiras horas da manhã.

• Rio Grande do Sul e Santa Catarina: o frio é mais acentuado em áreas serranas, com possibilidade de geada isolada — quando a temperatura cai abaixo de 0 °C e forma-se uma fina camada de gelo sobre plantas e solo. Para o produtor, isso significa atenção especial com plantas sensíveis ao frio, como hortaliças, fumo e pastagens recém-plantadas.

• Paraná: o sul e o leste do estado sentem queda nas temperaturas, enquanto o norte registra calor durante o dia e baixa umidade relativa do ar, aumentando o risco de incêndios florestais e prejudicando a irrigação natural de lavouras e pastagens.

Sudeste: tempo instável e chuva localizada

No Sudeste, a massa de ar polar também influencia o clima, gerando céus nublados e chuvas isoladas.

• O litoral sul de São Paulo e a região metropolitana do Rio de Janeiro podem ter chuvas mais persistentes, que ajudam a manter a umidade do solo, mas exigem atenção do produtor para plantios de verão, que podem sofrer alagamento em áreas baixas.

• As temperaturas caem gradualmente, o que pode beneficiar hortas, pomares e pastagens, diminuindo o estresse térmico das plantas e dos animais.

Centro-Oeste e Norte: calor intenso e ar seco

No Centro-Oeste, estados como Mato Grosso, Goiás e Mato Grosso do Sul registram temperaturas elevadas e baixa umidade relativa do ar, em níveis críticos para o manejo de lavouras e pecuária.

• Para o produtor, isso significa maior necessidade de irrigação, cuidado com estresse térmico em animais e atenção redobrada para prevenção de incêndios em pastagens e áreas de cerrado.

• No Norte, o calor também predomina, combinado com ar seco, o que pode comprometer o crescimento de lavouras de milho, soja e hortaliças, além de reduzir a disponibilidade de água para irrigação.

Nordeste: instabilidade e chuvas pontuais

No Nordeste, o clima apresenta instabilidade em algumas regiões, com risco de chuvas fortes e isoladas, principalmente em áreas do Maranhão.

• O restante do interior nordestino segue com tempo seco, exigindo atenção para irrigação de culturas e manejo de pastagens, especialmente em períodos críticos de desenvolvimento das plantas.

Impactos práticos para o campo

• Proteção de lavouras sensíveis ao frio: uso de coberturas ou adubação de proteção em hortaliças e plantas de menor resistência ao frio.

• Monitoramento de umidade: regiões com ar muito seco devem priorizar irrigação e prevenção de incêndios.

• Gestão da pecuária: animais expostos ao calor intenso precisam de sombra, água limpa e alimentação adequada para reduzir o estresse térmico.

• Planejamento de plantio e colheita: produtores devem ajustar cronogramas de semeadura e colheita conforme chuvas e frio, para evitar perdas em lavouras e pastagens.

O cenário reforça a necessidade de atenção constante ao clima, pois variações bruscas de temperatura e umidade podem afetar diretamente a produtividade e a rentabilidade no campo.