Brasil Reforça Vigilância Contra Gripe Aviária Enquanto Exportações de Frango Avançam em Outubro

A gripe aviária, também chamada de influenza aviária, continua sendo um tema de atenção para a avicultura em 2025. A doença é causada por vírus que atingem aves domésticas e silvestres, podendo provocar mortalidade elevada em galinhas, perus e patos. Por isso, governos e produtores seguem em alerta para proteger tanto a produção quanto os mercados consumidores.

Situação no Brasil

O Ministério da Agricultura divulgou em 2 de outubro um boletim atualizado sobre a doença no país. Até agora, não há surtos ativos confirmados em granjas comerciais, mas a vigilância segue intensa para evitar a entrada e a disseminação do vírus.

O reconhecimento oficial da União Europeia de que o Brasil está livre da gripe aviária foi um passo importante, permitindo a retomada gradual das exportações de frango para esse mercado. Já a China, que suspendeu compras após um foco registrado no Rio Grande do Sul em maio, ainda mantém restrições, mas especialistas acreditam que as negociações podem avançar nos próximos meses.

Nos estados, medidas de prevenção seguem firmes. No Paraná, por exemplo, a Agência de Defesa Agropecuária (Adapar) intensificou ações de vigilância, reforçando a biossegurança em granjas e monitorando áreas de risco.

Cenário internacional

No exterior, os casos continuam surgindo. Nos Estados Unidos, surtos recentes foram registrados em granjas de perus em Iowa e Minnesota, forçando o abate de milhares de aves. No Canadá, a província de Saskatchewan também confirmou seu primeiro foco de 2025.

Na Ásia, a Índia suspendeu atividades em um zoológico de Delhi após detecção do vírus em aves. Já organizações internacionais, como a FAO, acompanham de perto o comportamento de diferentes tipos do vírus, incluindo aqueles que podem sofrer mutações.

Medidas de prevenção no campo

Para o produtor rural, a principal proteção contra a gripe aviária está na biossegurança — um conjunto de cuidados para reduzir riscos de entrada de doenças nas granjas. Isso inclui:

• Evitar contato de aves comerciais com aves silvestres (patos, marrecos e outras aves migratórias podem carregar o vírus);

• Controlar a entrada de pessoas, veículos e equipamentos nas propriedades;

• Higienizar bebedouros, ração e instalações de forma constante;

• Isolar aves doentes ou suspeitas e comunicar imediatamente os órgãos de defesa sanitária.

Em casos confirmados, a orientação é realizar o chamado abate sanitário, medida que elimina as aves infectadas para evitar que o vírus se espalhe.

Impactos para o produtor

Apesar do risco, especialistas lembram que o consumo de carne e ovos continua seguro, desde que os produtos sejam inspecionados e preparados corretamente. No campo, o desafio é manter a vigilância para não comprometer a produção e nem abrir brechas que prejudiquem o comércio internacional.

Assim, outubro marca um momento de avanços e cautela: o Brasil fortalece sua posição no mercado externo, mas a presença de novos casos no mundo mostra que a gripe aviária segue como uma ameaça que exige atenção diária de produtores e autoridades.