Ministério da Agricultura divulga atualização sobre doenças respiratórias e nervosas em aves

O Ministério da Agricultura divulgou um novo panorama sobre a Síndrome Respiratória e Nervosa das Aves (SRNA), que envolve principalmente duas doenças de grande impacto para a avicultura: a Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) e a Doença de Newcastle (DNC). As informações permitem que produtores, veterinários e autoridades acompanhem, quase em tempo real, os focos e investigações dessas doenças em aves comerciais, não comerciais e silvestres em todo o Brasil.

Como são feitas as investigações

Quando há suspeita de SRNA em um plantel, um médico veterinário oficial realiza uma avaliação clínica inicial. Se os sinais não indicarem risco, a investigação é encerrada sem necessidade de testes laboratoriais.
Nos casos considerados prováveis, amostras são coletadas e enviadas para diagnóstico laboratorial. Apenas após a confirmação ou descarte das doenças é que o foco é oficialmente encerrado. Atualmente, várias investigações seguem em andamento, com amostras aguardando resultados finais, mantendo a atenção das autoridades sanitárias.

Focos confirmados

Os registros mostram os primeiros casos confirmados de cada doença:

Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP):

• Aves comerciais: primeiro caso confirmado em 15/05/2025

• Aves não comerciais: primeiro caso confirmado em 27/06/2023

• Aves silvestres: primeiro caso confirmado em 15/05/2023

Doença de Newcastle (DNC):

• Aves comerciais: primeiro caso confirmado em 17/07/2024

Cada foco representa uma unidade epidemiológica, ou seja, um grupo de aves com pelo menos um caso confirmado. No caso de aves silvestres, os focos podem ser encerrados após o diagnóstico definitivo e destinação adequada das carcaças, mas a vigilância pode continuar em regiões com alta densidade de aves para prevenir novos surtos.

Distribuição e espécies afetadas

O painel do Ministério permite acompanhar os focos por município e por categoria de aves. Entre os mais afetados estão:

• Aves comerciais: frangos e perus

• Aves não comerciais: criatórios domésticos ou de pequena escala

• Aves silvestres: espécies nativas em áreas de risco

Esses dados ajudam a orientar medidas rápidas de contenção, como isolamento de galpões, controle de entrada de pessoas e equipamentos e vacinação quando aplicável, reduzindo o risco de disseminação para outros rebanhos.

Importância para produtores e pecuaristas

Para quem atua na avicultura, essas informações são fundamentais:

• Permitem identificar áreas de risco próximas às propriedades.

• Orientam práticas de biosseguridade, evitando perdas e impactos econômicos.

• Ajudam na decisão sobre manejo do plantel, transporte de aves e protocolos de vacinação.

Transparência e atualização contínua

O Ministério reforça que os dados são atualizados periodicamente, garantindo informações confiáveis e em tempo quase real. Essa transparência fortalece o controle sanitário, reduzindo riscos para a avicultura comercial e doméstica, além de proteger espécies silvestres e a saúde pública.