Casos de Gripe Aviária Avançam nos EUA e Acendem Alerta para o Setor Avícola Mundial

Os Estados Unidos registraram um aumento expressivo nos casos do vírus da gripe aviária H5N1, tanto em aves de criação quanto em aves silvestres. O cenário tem preocupado autoridades do país e produtores rurais, especialmente pelo risco de impacto na produção e no comércio de carne e ovos.

De acordo com o Serviço de Inspeção de Saúde Animal e Vegetal (APHIS), ligado ao Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), nas últimas semanas o vírus foi detectado em diferentes estados das regiões Centro-Oeste e Sul do país. As ocorrências incluem tanto grandes granjas comerciais quanto pequenas criações familiares e aves migratórias.

Situação atual e números atualizados
Nos últimos 30 dias, foram identificados 38 surtos confirmados da doença, sendo 24 em propriedades comerciais e 14 em criações domésticas de menor porte. No total, mais de 4,4 milhões de aves já foram afetadas. Apenas na última semana, 11 novos focos foram detectados — cinco em grandes fazendas e seis em pequenos criatórios.

A presença do vírus em aves silvestres tem sido um dos principais desafios para o controle da doença, já que essas espécies percorrem longas distâncias e podem transportar o vírus entre diferentes regiões e países.

Medidas de prevenção e controle
Diante desse aumento de casos, as autoridades norte-americanas reforçam a importância de práticas rigorosas de biossegurança, que incluem:

• Limitar o acesso de pessoas e veículos às áreas de produção;

• Reforçar a higienização e desinfecção de galpões e equipamentos;

• Observar com atenção sinais clínicos nas aves, como queda na postura, apatia e mortalidade súbita;

• Comunicar rapidamente qualquer suspeita aos órgãos de vigilância sanitária.

O governo dos EUA também analisa as rotas migratórias das aves silvestres para entender melhor como o vírus se espalha e estuda possíveis ações, como campanhas de vacinação e medidas específicas para reduzir o risco de novas infecções.

Consequências para o setor e o comércio
O aumento dos casos de H5N1 preocupa o mercado avícola, pois pode gerar restrições comerciais internas e externas, além de elevar custos de produção com medidas preventivas e eventuais abates sanitários.

Embora, até o momento, não haja evidências de que o vírus tenha sofrido mutações que aumentem o risco para seres humanos, o monitoramento científico continua intenso.

Para os produtores rurais, a lição que fica é clara: investir em biossegurança e manter o vigilância constante é fundamental para proteger o plantel e garantir a continuidade da produção.